quinta-feira, 30 de maio de 2013

LAGAMAR - CURITIBA

LAGAMAR – CURITIBA

25/05/2013 - sábado

Estava na hora de retornar a Curitiba. O dia amanheceu de céu azul e tempo bom, então resolvemos subir pela Graciosa. Deixamos Morretes para trás, passamos por Porto de Cima, ponto final de tantos passeios pela região, principalmente em caminhadas pela própria serra da Graciosa, como também pelo Caminho do Itupava; bairro São João, junto ao trevo que leva a Antonina, outra cidade histórica do Paraná, que fica junto à baía de Paranaguá.

Do São João até o portal da BR 116 são 20 km, dos quais perto de 15 km em subida íngreme. Quem sobe a Graciosa de bicicleta e a conhece, sabe que deve dosar a força conforme o local. O primeiro e o último terço do trecho são os mais pesados. Levando em consideração essa “manha”, fomos subindo pela linda estrada encravada na belíssima e conservada Mata Atlântica. No começo por asfalto, depois paralelepípedos e depois asfalto novamente.

"A Estrada da Graciosa, como é conhecida a Rodovia PR-410, é uma estrada pertencente ao governo do Paraná que utiliza a antiga rota dos tropeiros em direção ao litoral do Estado, interligando o município de Quatro Barras (Região Metropolitana de Curitiba) às cidades de Antonina e Morretes.
A estrada atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, marcado pela mata tropical e pelos belos riachos que nascem na Serra do Mar. Por isso, em 1993, parte do trecho da Serra foi declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Na região, existem dois importantes parques estaduais: o Parque Estadual da Graciosa e o Parque Estadual Roberto Ribas Lange.
Datam do início do século XVIII as primeiras notícias sobre a pioneira Trilha da Graciosa, que deu origem ao trajeto. As obras de construção da estrada foram concluídas em 1873, tendo sido iniciadas logo após a criação da Província do Paraná, por ordem do seu primeiro presidente, Zacarias de Góis Vasconcelos. Até a metade do século XX, a Estrada da Graciosa permaneceu como única estrada pavimentada do Estado, sendo importante rota de escoamento da produção agrícola (caféerva-mate e madeira) do Paraná rumo ao Porto de Paranaguá e ao Porto de Antonina." (Fonte: Wikipédia)

Mesmo carregados com alforjes subimos tranquilamente, pausadamente. Méritos à Carmo, que condicionada com as pedaladas dos últimos dias, subiu a serra sem sentir muito a musculatura. Parada obrigatória para reposição de calorias e vislumbrar a linda paisagem do mar lá do alto da serra, no mirante. Caldo de cana, guloseimas, refrigerante e alguma coisa salgada.

Energia reposta e disposição para chegar a Curitiba. Preferimos seguir pela antiga estrada da Graciosa, no trecho do alto da serra até Quatro Barras, que está totalmente asfaltada, do que pegar a BR 116, mais fácil talvez, porém muito movimentada e perigosa. Apesar do relevo em sobe e desce, esse trecho da Graciosa proporciona lindas paisagens até a cidade. Chegando a Quatro Barras encontramos vários amigos ciclistas, que faziam passeio no sentido contrário, alguns deles, inclusive, estariam com o Heron no passeio de cicloturismo de lua cheia até Antonina, mais para o final da tarde. Estavam lá o Oscar, a Cíntia, a Sandra, o Augusto e o Noguemar.


Até Curitiba foram 77 km pedalados, totalizando 924 km em toda a nossa jornada pela Rota dos Tropeiros, Vale do Ribeira, Lagamar e Serra do Mar. Fica a certeza de que são lugares especiais, que merecem a visitação, o conhecimento da história e sua divulgação. Quem sabe fortalecemos a ideia de fazer um circuito de cicloturismo no Paraná, desde Rio Negro até Sengés. 

Obrigado àqueles que nos acompanharam até aqui, e lembrando que o próximo passeio grande está marcado para a primeira metade de setembro: CEPIMA 2013. São 800 km de pedaladas pelas lindas praias do nordeste do Brasil, desde Fortaleza, no Ceará, até São Luís, no Maranhão. Para quem quiser ter uma ideia por devemos passar, e como será o passeio, é só dar uma espiadinha no blog CEPIMAPA, criado em 2010, quando fizemos o mesmo percurso, porém indo um pouco mais longe, até Belém, no Pará.

Abraços e boas pedaladas.
Deixando Morretes

Porto de Cima

Complexo do Marunbi

Ponte de ferro em Porto de Cima

Rio Nhundiaquara

Antiga ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira, na Graciosa

Ídem

Subindo a Graciosa


Bela vista do mirante no alto da Graciosa

No Centro Cívico, em Curitiba. Porta de casa

Ídem

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