terça-feira, 14 de dezembro de 2021

ROTA ROMÂNTICA - Rio Grande do Sul


ROTA ROMÂNTICA


Convidei a esposa Maria do Carmo (Carmo), e o amigo Maurício Volpe para fazer essa rota, bem tradicional, de bicicleta, pois fiquei sabendo através do amigo Daniel Hunger, que é ciclista e é de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, que haviam criado um circuíto de cicloturismo por lá, e que estava bem organizado, em atividade desde o ano passado (outubro de 2020), semelhante ao Caminho de Santiago de Compostela, e que passa por diversos municípios da região.

O Daniel participa ativamente da Rota, pois foi convidado a organizar os passeios cicloturísticos, através da agência da qual é sócio, a @pedalando_no_sul. Eles agilizam tudo, principalmente para grupos, e fazem toda a logística e orientação do passeio. Foi na agência que iniciamos a nossa aventura, em Nova Petrópolis.

Decidimos fazer a Rota nesse mês de novembro de 2021, e partimos de carro nós três, levando nossas bicicletas e nossas tralhas nos alforjes e mochila, no dia 7, domingo, até a cidade de Nova Petrópolis, pouco mais de 600 km de distância da nossa Curitiba.

Para quem conhece Gramado, Canela e adjacências, pode pensar que é fácil. Ledo engano. Percorre-se estradinhas que o turista comum não faz, e com isso apreciando a região de um ângulo diferente. São 355 km de extensão, com 8706 metros de subidas acumuladas, e outros tantos de descidas, claro, mas essas a gente não lembra, rs.

Verão que fizemos quase todo o percurso original, aceitando orientação para alterarmos alguma coisa em determinados pontos, mas passando por todos os municípios. Finalizamos com 313 km, e 6631 metros de subidas acumuladas.

Os 14 municípios do circuito são: Nova Petrópolis, Picada Café, Linha Nova, Presidente Lucena, Ivoti, Estância Velha, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Dois Irmãos, Morro Reuter, Santa Maria do Herval, Gramado, Canela e São Francisco do Sul (São Chico). 

É possível iniciar de qualquer uma dessas cidades, e também fazer em partes, seguindo os roteiros formulado pelos organizadores, em épocas distintas, mas você deve carimbar seu passaporte pelo menos em onze locais, para então receber seu certificado no final.

Esse passaporte, ou credencial, você retira nos pontos autorizados, e recebe junto um Guia (manual, de onde inclusive tirei muito do que trago aqui neste texto, principalmente relacionado à história das cidades) bem detalhado do percurso. Você pode adquirir também a camisa de ciclismo especial da Rota, aliás muito bonita (R$ 120,00 em dinheiro). Existem setas amarelas indicando o caminho, mas também é possível baixar o arquivo GPX, e seguir a rota em aplicativo no celular, ou GPS. Usamos os dois recursos.

A sugestão é que se faça a Rota em pelo menos sete dias, mas nós estipulamos nossa jornada em cinco. Primeiro porque todos já conheciam a região, de passeios turísticos anteriores, inclusive pedalando; segundo, porque iríamos, como fomos, fazer uma outra Rota no Rio Grande do Sul, a das Missões, na sequencia. Aliás, aqui no blog já contei as histórias dessa bonita e histórica Rota.

Ao todo, são 15 roteiros, e a sugestão "oficial" é de fazer o roteiro "1" no primeiro dia (Nova Petrópolis a Picada Café); roteiros "2" a "6", no segundo (Picada Café a Novo Hamburgo, passando por Linha Nova, Presidente Lucena, Ivoti e Estância Velha); roteiros "7" e "8" no terceiro (Novo Hamburgo a Dois Irmãos, passando por São Leopoldo); roteiros "9" a "11" no quarto (Dois Irmãos a Gramado, passando por Morro Reuter e Santa Maria do Herval - esses com dificuldade para hospedagem); roteiros "12" e "13" no quinto (Gramado a São Francisco de Paula, passando por Canela); roteiro "14" no sexto (São Francisco de Paula a Canela); e roteiro "15" no último dia (Canela a Nova Petrópolis).


Primeiro Dia - Nova Petrópolis a Ivoti - 08/11/21 (roteiros 1  a 4)

Nem bem deixamos o ponto de partida, e já estávamos numa descida alucinante, longa, por estradas de chão. Traçamos como destino nesse dia, a cidade de Ivoti.









Depois da descida veio uma longa e inclinada subida, que lá chamam de "lomba". Nossa, quantas lombas pegamos nessa cicloviagem... Já dava para avistar Nova Petrópolis, no mesmo nível de altimetria, porém em outro morro. É claro que tivemos que empurrar as bicicletas em alguns momentos (e isso aconteceu por diversas vezes durante o passeio todo). 










Passamos por uma represa na parte de baixo, e depois na Igreja de São Jacó, na Comunidade Sobra. Também pelas localidades de Treze Colônias, Pinhal Alto, onde observamos a cascata Jammerthal; depois na própria Comunidade Jammerthal e Joaneta, no asfalto, para então chegar ao centro do município de Picada Café, de colonização alemã, com casas no estilo enxaimel, de jardins floridos e hortas. Também é conhecida como "Cidade dos Lírios". De povo simples e trabalhador, onde carimbamos nossa credencial no Posto de Gasolina.


















Lá almoçamos sossegadamente, pois tínhamos muita subida por fazer ainda no dia. Descansamos, e como estávamos perto do pórtico da cidade, pegamos a BR 116 mesmo, por menos de 2 km, e fomos até o Parque Histórico Jorge Kuhn, onde fica o cartão posta da cidade, um Moinho com roda de ferro, e que tinha como função girar as pedras "mós" para moagem dos grãos. Consta que foi construído em 1928. É muito lindo. Lá fabricavam farinhas, óleos e descasques de arroz.








Pois bem, hora de subir a ladeira. Ali na frente do Parque atravessamos a BR, e já pegamos uma estrada rural com destino a Linha Nova. Nada no caminho, apenas mata e alguns ranchos. A vista do alto garantia uma certa compensação. Enfim chegamos a uma estradinha asfaltada, que logo em seguida passava pelo centro da cidade. 









Paramos no posto de combustíveis para carimbar, e também fazer uma boa hidratação. A Carmo e o Maurício preferiram experimentar um belo de um chopp, de fabricação local. Aliás, lá é o berço das Cervejarias do Rio Grande do Sul. A primeira foi da família Ritter. 






O trecho até Presidente Lucena foi mais tranquilo. Porém, o traçado oficial pedia para virarmos à esquerda na estrada Picada Schneider, ao lado da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, logo na entrada da cidade. Como não iríamos fazer esse traçado, que passava pelo Morro do Pedro, seguimos reto e entramos pela via principal. Procuramos pelo posto de combustível, para carimbar a credencial, quando vimos que não era ali, e sim bem mais atrás, no alto da colina que acabáramos de descer, junto à Tenda Rodeio. Ficamos com preguiça de voltar, e perdemos o carimbo nessa cidade.

A história da cidade é um pouco diferente das demais, pois começou em 1750, quando os primeiros tropeiros levavam o gado até São Paulo, no famoso Caminho do Viamão. A colonização alemã veio depois, por volta de 1830.

Compramos água e seguimos pelo asfalto, numa linha quase reta, até nosso destino final do dia, a cidade de Ivoti. Perdemos novamente o ponto para carimbar a credencial, e desta vez foi pelo horário, posto que era no Museu Claudio Oscar Becker, na Feitoria Nova, junto ao Núcleo de Casas Enxaimel, que fechava às 17 horas, e passamos um pouco desse horário.

Restava, então, subir a última lomba do dia. Foram 100 metros em apenas 1 km. Ufa! Procuramos um hotel na rua principal, jantamos e fomos descansar. Resultado do dia 68,79 km e 1746 metros de subidas acumuladas.

Ivoti, cidade que já conhecia, inclusive pousei com a esposa e filhos na casa de uma família local, no início da década de 1990, tem uma forte colonização alemã, e tem o maior núcleo de Casas Enxaimel do Estado. Também tem um dos maiores núcleos de japoneses do Rio Grande do Sul. É carinhosamente chamada de "Cidade das Flores".

Cabe aqui um parênteses, para explicar que Casas Enxaimel, é uma técnica de construção europeia, que consiste numa edificação com estrutura aparente de madeira, fixada através de encaixe e pregos de pau, tendo suas paredes preenchidas com barro e pedras.


Segundo Dia - De Ivoti a Dois Irmãos - 09/11/21 (roteiros 5 a 8)

Deixamos Ivoti perto das oito da manhã, com o céu azul e o sol já ficando mais forte, refrescado por uma brisa constante.



Menos de 10 km e já passávamos por Estância Velha, cidade que é fornecedora de couro para as indústrias gaúchas. Circulamos pelo centro e pegamos o carimbo, também junto a um posto de combustíveis.







Mais um pouco e chegamos em Novo Hamburgo, cidade conhecida por sua indústria de calçados. Preserva um riquíssimo Centro Histórico tombado pelo IPHAN, onde é possível encontrar casarões (como o da Fundação Ernesto Frederico Scheffel, de 1890, em estilo neoclássico), igrejas, museus e praças.







Jonir - Ciclista eventual, local, muita coincidência, pois é casado com a prima de um amigo meu de Curitiba; mundo pequeno esse.


Carimbamos nossa credencial junto ao Hotel Suárez Executive, e nos dirigimos até São Leopoldo, cerca de 10 km dali. A cidade é o berço da colonização alemã no Brasil. Lá é o Marco Zero da Rota Romântica. É conhecida também pela música e ensino superior de alta qualidade. Carimbamos no Hotel Klein Ville.










Era hora de fazer o caminho de volta para a serra. O traçado original mandava passar pelo bairro de Lomba Grande, mas como sabíamos do grau de dificuldade para continuar a cicloviagem, preferimos abreviar o caminho, retornando pelo centro de São Leopoldo, e pegando o "fio da meada" depois do rio dos Sinos, na confluência da rua Guia Lopes com a Estrada Leopoldo Petri, já em Novo Hamburgo.

Esse trajeto passa pelo famoso Parcão de Novo Hamburgo, um grande parque, com quase 2 km de extensão, por mais de 300 metros de largura, um xodó do povo local. Foi ali que marquei encontro com o amigo Daniel, que largou seus afazeres para nos encontrar numa lanchonete (ele é professor de música, e ciclista). Carinhoso com a gente, e preocupado com nossa hidratação, levou água gelada e isotônicos, um mimo muito legal, que jamais esqueceremos.










Deixamos a cidade para trás, e seguimos a rota até Dois Irmãos, onde pernoitamos. A cidade recebe o título de "Berço do Café Colonial" e também "Um Doce de Cidade". Era cedo ainda, então deixamos as coisas no Hotel, e fomos "bater perna" pela agradável e simpática cidade, que já estava enfeitando suas ruas para os festejos natalinos.











Foram 49,95 km e 704 metros de subidas no dia. Bem tranquilo em relação ao dia anterior, e muito mais tranquilo ainda do que vinha pela frente no dia seguinte.


Terceiro Dia - De Dois Irmãos a Canela - 10/11/21 (roteiros 9 a 12)

Olha, foi muito puxado, com 1860 metros de subidas, em 57,41 km. Isso é muito para quem não entende.






Saímos de Dois Irmãos, e logo em seguida a estrada asfaltada mostrava sua cara, numa longa e interminável subida. Pelo programa, deveríamos fazer 10,9 km até Morro Reuter, já nos meandros da serra, a 480 metros de altitude (Dois Irmãos está a 160). Não fizemos a "barriga" no mapa, como é, e seguimos pelo asfalto. Economizamos na metade da quilometragem, mas o esforço para subir os mais de 300 metros de altitude foi grande.





A vantagem, como sempre digo, é que nas alturas que a vista fica mais bonita. Dava para ver as cidades pelas quais passamos mais abaixo da serra. Brinquei com os parceiros, que se a gente olhasse bem, dava até para ver o Uruguai, rs.







Só passamos por Morro Reuter. Carimbamos numa Farmácia e tiramos algumas fotos da pacata localidade. A lavanda é a flor símbolo do município, assim como o Obelisco de Livros, um monumento que indica as políticas na área da educação e cultura. Tem 10 metros de altura, e é representado por uma pilha de 72 livros, feitos em fibra de vidro, resina, talco industrial e pó de mármore.






Pegamos a estrada em direção a Santa Maria do Herval, atravessando novamente a BR 116 (já havíamos atravessado na chegada até aquele local). Continuamos por asfalto por mais alguns quilômetros, até que voltamos à estrada de chão. Em certo ponto o caminho previsto saia à esquerda, descia o morro até o rio, para subir mais próximo à Santa Maria do Herval. Preferimos seguir na mesma estrada que estávamos, pois seria mais plana, e com a mesma quilometragem.










Um pouco à frente encontramos com um ciclista local, o Jeferson, que aproveita as quartas-feiras pela manhã para fazer um treinozinho. Resolveu acompanhar a gente, e quando estávamos próximos à cidade, ele sugeriu que conhecêssemos a cachoeira do Herval. A porteira estava aberta, e ele nos disse que não tinha problema, era só descer a mesma, cerca de 1 km, que era linda...

Ele argumentou que precisava voltar para casa e não foi junto. Começamos a descer a estradinha, muito íngreme, difícil, técnica eu diria. Quando já escutávamos o som das águas da cachoeira, vimos subir uma camioneta da empresa de energia, dona do local. O motorista imediatamente pôs a mão para fora, ríspido, em sinal de negativa. Parou e disse que não poderíamos descer; que era propriedade particular, portanto proibido. Quase argumentei com ele, mas imediatamente eu e a Carmo cedemos e dissemos que voltaríamos. Perguntei se ele podia nos dar carona, mas também negou. Pedi então que avisasse nosso amigo Maurício, que estava mais atrás na descida. Ele ainda falou, por último, que deixaria o portão aberto para sairmos, e que não insistíssemos em ir até a cachoeira, porque "poderia" (sic), ter câmeras observando.







Foi frustrante não ver a cachoeira, mas mais frustrante ainda foi não ver e ter que subir tudo aquilo empurrando as bicicletas. Terrível!!!!! Bem, de volta à estrada, logo estávamos no centro da cidade, onde paramos para carimbar e almoçar (o restaurante era o ponto para pegar o carimbo na credencial).








Um tempinho para a digestão, e logo voltamos à estrada, e às subidas também, claro. Bacana foi parar numa casa, que não tinha cercas, para pegar um pouco de água. Vi uma torneira, com uma pequena mangueira pendurada, e fui logo me servindo. A casa estava com a porta e janelas abertas, mas nenhum morador apareceu até então.

Logo depois chegaram a Carmo e o Maurício, momento em que o casal de moradores, já idosos como nós (rs), apareceu à porta e então começou a prosa. Papo vai, papo vem, e fomos servidos com vinho de produção própria e suco de uva. Apanhamos laranjas no pomar e comemos por ali mesmo. São esses momentos incríveis que fazem a gente gostar cada vez mais dessas cicloviagens.


















Mais um pouco e chegamos à famosa, encantadora e especial Gramado (passamos lá nossa lua de mel, no final do ano de 1980), mas apenas passamos por ela. O trânsito estava caótico e perigoso para nós; uma muvuca como sempre no centro perto da igreja de pedra. Conseguimos tirar algumas fotos e só. Antes fomos até o Centro de Informações Turísticas carimbar nossa credencial.







Repito que não fomos fazer aquele turismo tradicional na região. Felizmente tanto eu e a Carmo, como o amigo Maurício, já conhecíamos de outras viagens. Dessa vez privilegiamos o pedal mesmo, a rota cicloturística. 

Para quem for fazer a mesma rota, e não conhece, claro que precisará ficar mais tempo em cada uma dessas cidades incríveis. São muitos os atrativos. 

Dali até Canela seria preciso pegar estradas secundárias, pelo roteiro, mas preferimos abortar também esta parte, e seguir pela rodovia RS 235. Olha, reduz a quilometragem e o tempo, mas é extremamente perigoso, sem ciclovias, e tem motoristas de tudo quanto é lugar. Nessa época do ano fica bem complicado. De certa forma nos arrependemos de seguir por ali.




Encontramos um hotel consultando a internet, e quando fomos carimbar na Central de Atendimento ao Turista, essa já se encontrava fechada. Na manhã seguinte deveríamos passar por lá e fazer isso.

A cidade estava festiva, e fomos passear um pouco a pé, aproveitando a inauguração do sistema de luzes na bela Catedral. Um bom descanso depois, para partir para o próximo desafio.









Fechamos o dia com 57,41 km e 1860 metros de subidas acumuladas.


Quarto Dia - De Canela a São Chico - 11/11/21 (roteiro 13)

Dia de chegar a São Chico, já nos Campos de Cima da Serra. Fizemos o caminho original sugerido, passando pelo Aspen Park, pela vinícola Jolimont, onde apenas visitamos a área externa, por falta de tempo, e também pelo Alambique Flor do Vale.














Aqui é importante relatar: fomos muito bem recebidos, conhecemos o processo de produção da cachaça, bebemos uns golinhos, claro,  e logo seguimos umas trilhas para visitar cachoeiras. Tinha a do Ronco do Bugio, do Sossego e do Mata Veio. Lugar encantador, com trilhas bem cuidadas e sinalizadas.








































Na volta para a sede, fizemos uma bela degustação de cachaças. Show! Comprei um Licor de Amoras e o Maurício comprou uma garrafa de cachaça. Moral da história: sobrou para mim carregar as duas... (rs)


Continuamos com a pedalada, e a estrada de asfalto logo se tornou de chão batido, com as famosas subidas... 























Paramos no único lugar possível para descansar e hidratar, a mercearia da Dona Elaine. Uma "figura" a senhora. Contou uma porção de histórias, inclusive a do fato de fumar muito, e seu mario não gostar. Perguntei como faziam para dar uns beijos, e ela prontamente respondeu: - sem beijos, e deu uma bela de uma gargalhada. O marido fica uma semana na cidade, e nos fins de semana "fica" com ela.










Pouco depois, na sequencia, era hora de enfrentar a pior das subidas, aquela que até para empurrar a bicicleta é difícil; você se curva todo, derrapa, e se não apertar os freios, desce e volta ladeira abaixo... Que sufoco!










Mas enfim chegamos às alturas, no asfalto, e dali até São Chico foi um "pulo" de 17 km. Já passava das dezessete horas e paramos tomar um café antes de encontrar repouso. Depois de banho tomado, fomos atrás de um lugar para comer um Ala Minuta, o nome que dão aos nossos famosos PFs (Prato Feito). Foram 49,02 km e 1070 metros de subidas.
























Quinto dia - De São Chico a Nova Petrópolis - 12/11/21 (roteiros 14 e 15)

O último dia da nossa programação na Rota Romântica.

Optamos novamente em não percorrer exatamente o traçado original. Antes de deixar São Chico, passamos pelo Lago São Bernardo, uma das atrações dali, talvez a principal. 







Preferimos então seguir pela RS 235 até Canela. Trecho tranquilo, com bom acostamento e altimetria sossegada. Bonita paisagem ao entorno. No caminho, já mais próximo de Canela, deixamos a estrada para seguir à direita até a não muito distante e bela Represa do Salto. Por ali passa o traçado original da Rota. Tiramos algumas fotos, apreciamos a paisagem, e retornamos à estrada, onde encontramos, num comércio, um ciclista local, o Márcio, quando pudemos trocar algumas experiências.

































Almoçamos em Canela, e passamos por Gramado. Reforço aqui novamente, que já conhecíamos bem a região e seus atrativos, de outras viagens, inclusive de bicicleta mesmo, então optamos não ficar por lá.









Dali, ainda fora da rota original, continuamos pela rodovia RS 235, porém apenas até a Vinícola Ravanello, cerca de 6 km do centro, porque não há acostamento, tornando extremamente perigosa, além de que estradas secundárias são sempre mais bonitas e agradáveis para se pedalar. Por isso pegamos à esquerda, e fomos até Nova Petrópolis pelo lugar chamado Campestre do Tigre. Alcançamos a RS 235 somente lá perto da cidade. Foi muito bacana.







Já na avenida principal da cidade, a XV de Novembro, extensão da rodovia, demos uma paradinha para comemorar na padaria e confeitaria Petrópolis, com um gostoso Apfel Strudell. Depois foi só finalizar na @pedalando_no_sul, onde carimbamos nossas credenciais, e pegamos nossos merecidos diplomas com o Tiago.

















Passamos no Hotel Petrópolis, onde gentilmente o gerente Marcelo permitiu que deixássemos nosso carro estacionado nesse período, e ainda por um preço justo cedeu um quarto para tomarmos um banho, e vestir roupas limpas antes de seguir para nosso novo destino no Rio Grande do Sul.

Simplesmente sensacional! Rota muito difícil para se pedalar, mas muito prazerosa. "Sofrimento" gostoso eu diria. 

Partimos para a Rota das Missões e no final o Salto Yucumã, também no Rio Grande do Sul, mas essas são outras histórias...