Para chegar à Estância Turística de Piraju, foi difícil vencer as
grandes subidas dos morros. Almoçamos por lá e depois voltamos à estrada.
Tínhamos ainda 32 km de asfalto pela frente; única forma de chegar à cidade de
Ipaussu, onde pernoitaríamos.
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Piraju |
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Igreja de Piraju |
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Um PF bem caprichado no almoço em Piraju. A Carmo estava babando... |
Pegamos a rodovia Raposo Tavares, e com o insano calor, praticamente nos
arrastávamos no sobe e desce da estrada. Chegamos ao pôr do sol na cidade.
Foram 80 km, e cerca de 1200 metros de subidas acumuladas. Ufa! Mas valeu à
pena.
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Saída de Piraju |
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Deixando Piraju para trás
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Piraju |
Fechamos a noite comendo batata recheada (R$20,00, enorme, vejam foto) e
passeando numa linda lagoa de Ipaussu.
Quarto Dia – 19/08/2021 – Ipaussu a Ribeirão Claro
Fizemos um trajeto pequeno, mudando nossos planos iniciais.
A ideia inicial era sair de Ipaussu, terra do cicloturista Antonio
Olinto, e ir até Carlópolis. Encontramos o ciclista local Jhay, que nos acompanhou até a saída da cidade. Passamos por Chavantes, onde outro ciclista fez
contato conosco, o Luciano.
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Ipaussu |
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Na companhia do Jhay |
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Luciano |
Cruzamos o rio Paranapanema, pela ponte de alvenaria, já que a antiga,
estaiada, foi vandalizada, atearam fogo, e ficou impraticável. Lamentável. |
Ponte Estaiada |
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Ponte de Concreto (paralela) |
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Lado que ficou integral... |
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Vista da Estaiada, a partir da de concreto |
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Parte queimada |
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Vandalismo puro... |
Logo depois da ponte, começou uma longa subida, que foi cansativa mas prazerosa ao mesmo tempo, pois uma bela cascata se oferecia aos nossos olhos. Era a "Véu de Noiva".
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Vista da Cascata |
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Portal de Ribeirão Claro |
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Igreja Matriz de Ribeirão Claro |
Pois bem, quando chegamos a Ribeirão Claro, 32 km depois, em estrada de
asfalto e pista simples, sem acostamento, resolvemos procurar um lugar para
pernoitar, e aproveitar o restante do dia, já que era cedo, para conhecer a
Represa Xavantes, no rio Itararé. Almoçamos na própria Pousada, e logo depois
partimos até o Recanto da Cascata. Um lugar simples, nenhum turista, e
bares fechados. Tomamos um banho na pequena cachoeira, revigorante (sol
escaldante), e resolvemos percorrer a estradinha legal asfaltada, até um Resort
(fim da linha). Voltamos e pegamos um caminho alternativo, de chão, bem mais
atrativo, para voltar à cidade.
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Lindas paisagens no caminho até o Recanto |
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Recanto Cascata |
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Queda menor |
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Queda maior, mais abaixo |
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Retorno por estrada de chão |
Fizemos mais 23 km nessa tarde. Mais um dia maravilhoso.
Quinto Dia – 20/08/2021 – Ribeirão Claro a Fartura
Que dia bacana esse também, o quinto
do “Circuito Xavantes”.
O primeiro trecho foi até rápido, de
pouco mais de 30 km, desde Ribeirão Claro até Carlópolis. Estrada com um visual
incrível, e também embora seja de pista simples, sem acostamento, o fato de ter
pouco movimento, deixou o percurso tranquilo.
Destaque do trecho para a obra de Markus Moura, uma estátua gigante de "Cristo Luz", Caminho, Verdade e Vida, inaugurada em 2012, na Fazenda Santa Catarina, de propriedade dos Fernandes, ainda dentro do município de Ribeirão Claro. Para chegar ao alto, onde a vista é maravilhosa, é preciso escalar dezenas de degraus... (infelizmente estava fechado quando passamos).
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Igreja na localidade Água da Mula |
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Cristo Luz - Fazenda Santa Catarina |
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Um descanso merecido à sombra |
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Infelismente o café queimou com o frio intenso |
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Imagem interessante numa casa, na chegada a Carlópolis |
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Igreja Matriz de Carlópolis |
Foi um dia emocionante também. Sempre
soube que a minha avó materna Maria, que ajudou na minha criação, era dessa
região.
Pois recebi de uma prima, lá mesmo quando chegamos à cidade, uma cópia
da certidão de casamento dela com meu avô Durvalino. Foi em Carlópolis, em
1916, quando ela tinha 15 anos, e ele 25, oriundo de SC.
Almoçamos por ali e seguimos em
direção à Fartura, novamente passando para o estado de São Paulo. Cruzamos a
ponte sobre o rio Itararé e a represa de Xavantes.
Do outro lado, tomamos um banho na represa, junto a um balneário. Foi muito
refrescante.No barzinho local tomamos uns aperitivos e comemos uns petiscos. Lugar realmente muito agradável.
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"O Pensador" - Será? kkkk |
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Lugar de esportes náuticos |
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Arte |
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Arte |
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Criatividade |
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Criatividade |
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O amor está no ar... |
Apesar de sabermos que o pôr do sol é
maravilhoso na represa, resolvemos subir até a cidade de Fartura, para evitar a
escuridão. Novamente outra emoção. Pois não é que naquela certidão que citei,
consta que minha avó nasceu em Fartura… cidade bacaninha, que está localizada
num centro altamente turístico atualmente.
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Pôr do Sol na piscina do Hotel |
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Relax na piscina |
Por lá passa o Caminho das Águas,
Reflexão e Fé, que já citei, e também faz parte do que eles chamam por aqui de
“Angra Doce”. Criaram essa expressão em razão de considerarem uma região tão
bonita quanto à de Angra dos Reis, no RJ, porém cercada de água doce, e não
salgada, do mar, como lá.
São 10 cidades de São Paulo (Barão de
Antonina, Bernardino de Campos, Canitar, Chavantes, Fartura, Ipaussu,
Itaporanga, Piraju, Ourinhos e Timburi), e 5 no Paraná (Ribeirão Claro,
Carlópolis, Jacarezinho, Siqueira Campos e Salto do Itararé).
Realmente é fantástica toda essa
região, e vocês devem estar acompanhando pelas fotos.
Em Ribeirão Claro deixamos de visitar
a Pedra do Índio e o Morro do Gavião (ficará para uma próxima vez, mas são
passeios imperdíveis, com visual fantástico).
Fechamos o dia com 60 km pedalados.
Sexto dia – 21/08/2021 – Fartura a Itaporanga
Enfim o sexto e último dia de nossa
cicloviagem “Circuito Xavantes”.
Tínhamos algumas opções de caminho a
fazer até Itaporanga, cidade onde iniciamos a jornada, e deixamos nosso carro.
Uma ideia era seguir pelo Caminho das
Águas, aquele que havia dito. Ainda teriam duas cidades no caminho: Taguaí e
Coronel Macedo.
Um outro passaria perto de Taguaí e
seguiria próximo da represa, também mais perto do nosso destino.
Mas de repente, conversando com
algumas pessoas em Fartura, descobrimos uma terceira opção: “pela balsa”.
Compreendemos que abreviaria ainda
mais a chegada ao destino, pois cortaria caminho pela represa Xavantes, onde
uma balsa liga os dois municípios.
Além disso, apenas 10 km, dos quase
50 km, seriam por estrada rural sem pavimentação.
Com a temperatura lá nas alturas, e o
fato de passarmos por recantos encantadores (e foi), como informaram os
“locais”, escolhemos essa última opção.
Realmente, paisagens maravilhosas,
quase nenhum trânsito, travessia de balsa e muito mais. Paramos no bairro Santo
Antônio para uma breve hidratação, e chegamos ainda na hora do almoço em
Itaporanga, junto à bela Abadia.
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