BELGERN – DRESDEN

BELGERN – DRESDEN

Falei que o dia prometia, não? E foi muito bom. Foram mais 92 km para a conta, mas desta vez sem vento, com sol; só o frio que assustou um pouco no início. Deixamos a casa de hospedagem, com a dona do lugar nos informando que a temperatura estava em 5 graus. No decorrer do dia foi subindo, devendo ter chegado nos 18 graus.

A geografia do lugar também colaborou, deixando a vista mais bonita, principalmente ao chegar perto de Strehla, quando a paisagem deixou de ser plana e alguns morros foram surgindo à beira do rio. O rio Elba, por outro lado, ficou um pouco mais largo, sendo navegável para alguns tipos de embarcações. Outro fator importante é que a ciclovia seguiu quase o tempo todo ao lado do rio. Nesse trecho havia ciclovia dos dois lados. Caso alguém perguntasse qual lado era o melhor, eu diria que o nosso (margem esquerda, pois estávamos subindo o rio) era menos bonito, o que na verdade era uma vantagem, pois a vista do outro lado sendo mais bonita, acabou nos privilegiando.

Logo após sair de Belgern, passamos por várias vilas, como: Ammelgobwitz, Treblitzsch, Dröschkau, Plotha, Seydewitz e Aubig. Ainda Paubnitz, Schirmenitz, Löbnig, Görzig e pela bela e antiga Strehla, que fica situada no primeiro monte que avistamos no percurso. Passamos por dentro da cidade de Riesa, muito bacana, e depois pelas vilas de Leutewitz, Schanitz, Boritz, Neuhirschstein, Nieder-lommatzsh, Hebelei, Diera-Zehren, Keilbush e a também linda Meiben, que de longe já podia ser percebida. Uma roda gigante era bem visível, além de algumas pontes. No alto, à nossa direita, aparecia uma bela igreja. Chegando mais perto percebemos que era um parque de diversões, e tinha muita gente se divertindo, era dia de domingo. Era hora de almoço e pensamos em ficar por ali mesmo. Como não vimos nada de apetitoso, resolvemos seguir mais um pouco e entramos na parte antiga da cidade. Para nossa surpresa, a cidade estava em festa. Não entendemos nada o que estava acontecendo, o motivo da festança, mas havia muitas barracas de comida, brinquedos e muito chope. Foi divertido e comemos um prato regional.

Com relação aos nomes das vilas e cidades, não pensem que eu vi no mapa para escrever, porque elas não estão em mapa nenhum. Ocorre que a Carmo parava de lugar em lugar e anotava num papelzinho...

Mais 26 km e já avistávamos a imponente Dresden, com suas antigas igrejas e palácios às margens do rio Elba. Eram quatro da tarde e aproveitamos para fazer um tour de bicicleta e tirar algumas fotos. Ainda no centro histórico perguntamos a um ciclista jovem, como chegar ao Albergue da Juventude. Tínhamos o endereço e ele um GPS no celular, e bem fácil chegamos até o “Jugendherberge”.

Tiramos o resto do dia, após o banho, para visitar a parte mais moderna da cidade, que por seu turno, também é muito linda, limpa e organizada, com ruas amplas e bonde elétrico amarelo circulando para todos os lados. Dia completíssimo. Amanhã devemos seguir para a República Tcheca, ainda pelo rio Elba.