CHAPADA DAS MESAS
1º Dia – Balsas a
Riachão – 18/09/2013 (quarta-feira)
Foram bons sonhos
mesmo. Dormimos praticamente desde o momento do embarque no ônibus, até Balsas,
cidade do sul do Maranhão, distante cerca de 800 km de São Luis. Percebia-se,
apenas, que o ônibus parava em muitas cidades, mas não saberia precisar quantas
e quais seriam elas.
Eram quase oito da
manhã quando desembarcamos em Balsas. A rodoviária extremamente precária, com
banheiros sujos, sem água, sem porta nos reservados. Interessante que destoa um
pouco da impressão que se tem ao chegar à cidade, pois há grandes fazendas com
plantações de soja, milho e algodão, produzidas por gente vinda do sul. A
população vem aumentando com as riquezas produzidas, mas não há organização ou
interesse na modernização.
Balsas inicia, ou põe
fim, a uma cadeia de pequenos morros, com formatos diversos, principalmente de “chapéu”
ou “mesa”, motivo que se dá o nome de Chapada das Mesas. Essas formações vão até
a cidade de Estreito, também no Maranhão, mas próximo à divisa com o Tocantins
e o Pará.
Com muita fome, pois
não conseguimos jantar, diante da correria, apenas comemos algum salgado no
embarque, procuramos uma panificadora logo em frente à Rodoviária, do outro
lado da estrada que corta a cidade. Claro que não faríamos lanche nos
estabelecimentos de lá.
Café tomado, partimos
em direção a Riachão, circulando pela Transamazônica. Soubemos que lá existem
diversas atrações, como lagoas e cachoeiras maravilhosas. Tínhamos que
conferir. Pedalar com 40° não é moleza não; descobrimos isto nos 70 km de
percurso. Felizmente o pouco vento que tinha nos favorecia, e as lombadas
frequentes não tinham aclive tão alto e difícil assim. A hidratação foi
constante, mas eu usava a água mais para jogar no corpo do que para beber (era
um chá, na verdade). Havia poucos espaços de sombra e raros locais (bares) para
reabastecer.
Num local que paramos,
descobrimos que logo na entrada de Riachão, seguindo cerca de 3 km em estrada
de piçarra, havia um balneário, com piscinas de água natural. Isto parecia
extremamente refrescante, porém ao chegar à cidade, na “capa da gaita”, como
dizem, melhor mesmo foi procurar um local para descansar.
À beira da estrada, na
entrada da cidade, do lado esquerdo, percebi uma charmosa Pousada, a “Chapada
das Mesas”, do seu Adelmar Fortes. Não é sempre que coloco o nome das pousadas
nos relatos, mas essa merece um destaque, porque é nova, limpinha,
aconchegante, bem localizada, bom preço, bom atendimento e o proprietário é uma
pessoa simples e agradável. Ficamos por lá mesmo, é claro.
O seu Adelmar ligou
para um restaurante no centro da cidade, para saber se estava funcionando ainda,
em função do horário, e confirmou para irmos até lá. Deixamos nossas bagagens,
pegamos as bicicletas e subimos até o centrinho. Era o restaurante “Casa de
Palha”, e lá fomos recebidos pelos proprietários Marcos Venicios e Liana
Fortes, genro e filha do seu Adelmar. Entendemos porque ele indicou o
restaurante, mas não ficamos chateados não, pelo contrário, ficamos mais
satisfeitos ainda.
Comida boa, embora
estivesse no final, como disse, em função do horário, e atendimento acolhedor
do Marcos. Conversa vai, conversa vem, e perguntamos como fazer para conhecermos
as belezas naturais da região. Ele
prontamente disse: “- Comigo mesmo”. Pois é, o Marcos também é guia local.
Ofereceu o passeio com sua camionete 4x2, fazendo o preço, e que nós aceitamos.
Marcamos para a manhã do dia seguinte. O resto da tarde serviu apenas para
descanso sob o ar condicionado da pousada. De noite voltamos ao “Casa de Palha”
para comer uma pizza.
Café da manhã em Balsas |
Saindo de Balsas... |
Nascer do sol no interior do Maranhão |
Mangueira na Praça Central de Riachão |
Igreja Matriz de NS Nazaré |
Riachão |
Só alegria. Muitas paisagens lindas, maravilhosas, deslumbrantes e ao lado de pessoas sensacionais. Obrigado Sergio e Maria do Carmo Riekes.
ResponderExcluirEspetáculo!
ResponderExcluirValeu Neimar. Obrigado pelo carinho.
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