quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CHAPADA DAS MESAS - Maranhão - 1ª Parte

CHAPADA DAS MESAS

1º Dia – Balsas a Riachão – 18/09/2013 (quarta-feira)

Foram bons sonhos mesmo. Dormimos praticamente desde o momento do embarque no ônibus, até Balsas, cidade do sul do Maranhão, distante cerca de 800 km de São Luis. Percebia-se, apenas, que o ônibus parava em muitas cidades, mas não saberia precisar quantas e quais seriam elas.

Eram quase oito da manhã quando desembarcamos em Balsas. A rodoviária extremamente precária, com banheiros sujos, sem água, sem porta nos reservados. Interessante que destoa um pouco da impressão que se tem ao chegar à cidade, pois há grandes fazendas com plantações de soja, milho e algodão, produzidas por gente vinda do sul. A população vem aumentando com as riquezas produzidas, mas não há organização ou interesse na modernização.

Balsas inicia, ou põe fim, a uma cadeia de pequenos morros, com formatos diversos, principalmente de “chapéu” ou “mesa”, motivo que se dá o nome de Chapada das Mesas. Essas formações vão até a cidade de Estreito, também no Maranhão, mas próximo à divisa com o Tocantins e o Pará.

Com muita fome, pois não conseguimos jantar, diante da correria, apenas comemos algum salgado no embarque, procuramos uma panificadora logo em frente à Rodoviária, do outro lado da estrada que corta a cidade. Claro que não faríamos lanche nos estabelecimentos de lá.

Café tomado, partimos em direção a Riachão, circulando pela Transamazônica. Soubemos que lá existem diversas atrações, como lagoas e cachoeiras maravilhosas. Tínhamos que conferir. Pedalar com 40° não é moleza não; descobrimos isto nos 70 km de percurso. Felizmente o pouco vento que tinha nos favorecia, e as lombadas frequentes não tinham aclive tão alto e difícil assim. A hidratação foi constante, mas eu usava a água mais para jogar no corpo do que para beber (era um chá, na verdade). Havia poucos espaços de sombra e raros locais (bares) para reabastecer.

Num local que paramos, descobrimos que logo na entrada de Riachão, seguindo cerca de 3 km em estrada de piçarra, havia um balneário, com piscinas de água natural. Isto parecia extremamente refrescante, porém ao chegar à cidade, na “capa da gaita”, como dizem, melhor mesmo foi procurar um local para descansar.

À beira da estrada, na entrada da cidade, do lado esquerdo, percebi uma charmosa Pousada, a “Chapada das Mesas”, do seu Adelmar Fortes. Não é sempre que coloco o nome das pousadas nos relatos, mas essa merece um destaque, porque é nova, limpinha, aconchegante, bem localizada, bom preço, bom atendimento e o proprietário é uma pessoa simples e agradável. Ficamos por lá mesmo, é claro.

O seu Adelmar ligou para um restaurante no centro da cidade, para saber se estava funcionando ainda, em função do horário, e confirmou para irmos até lá. Deixamos nossas bagagens, pegamos as bicicletas e subimos até o centrinho. Era o restaurante “Casa de Palha”, e lá fomos recebidos pelos proprietários Marcos Venicios e Liana Fortes, genro e filha do seu Adelmar. Entendemos porque ele indicou o restaurante, mas não ficamos chateados não, pelo contrário, ficamos mais satisfeitos ainda.

Comida boa, embora estivesse no final, como disse, em função do horário, e atendimento acolhedor do Marcos. Conversa vai, conversa vem, e perguntamos como fazer para conhecermos as belezas naturais da região.  Ele prontamente disse: “- Comigo mesmo”. Pois é, o Marcos também é guia local. Ofereceu o passeio com sua camionete 4x2, fazendo o preço, e que nós aceitamos. Marcamos para a manhã do dia seguinte. O resto da tarde serviu apenas para descanso sob o ar condicionado da pousada. De noite voltamos ao “Casa de Palha” para comer uma pizza.

Café da manhã em Balsas


Saindo de Balsas...



Nascer do sol no interior do Maranhão


Mangueira na Praça Central de Riachão

Igreja Matriz de NS Nazaré





Riachão





3 comentários:

  1. Só alegria. Muitas paisagens lindas, maravilhosas, deslumbrantes e ao lado de pessoas sensacionais. Obrigado Sergio e Maria do Carmo Riekes.

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