terça-feira, 6 de maio de 2014

OLINDA

PORTO DE GALINHAS A OLINDA

Como o café da Pousada só começava a ser servido a partir das oito da manhã, só partimos próximo das nove. Pegamos a avenida principal da vila e logo estávamos na praia, bem no local da muvuca que direciona os turistas às jangadas que levam às piscinas naturais, a atividade mais famosa da região. É claro que não precisa da jangada para se chegar aos recifes, mas a jangada faz parte da paisagem e cultura de Porto de Galinhas. Aliás, o nome é devido ao fato de os nobres que vinham nos navios de antigamente, traziam muitas galinhas de angola, o prato predileto deles. Traziam muitos escravos africanos, também, e usavam a expressão “galinha” para indicar a chegada de novos escravos. Era mais ou menos isso, talvez.



Resolvemos arriscar seguir pela areia da praia, cuja maré já estava abaixando. Boa ideia, pois a praia é realmente maravilhosa, com muitos turistas circulando entre os diversos hotéis que a margeiam. Fomos até a ponta da praia do Cupe, e entramos por uma pequena estrada de chão, caminho de muitos bugueiros profissionais, que conduzem os turistas em passeios pela região. Dali para a estrada que liga a cidade de Ipojuca a Porto de Galinhas. Passamos pela cidade e poucos quilômetros depois, dobramos à direita na Via Expressa, uma autopista pedagiada, recém construída, que corta caminho em direção a Recife, passando pelo porto de Suape, até a BR 101. Não há mais necessidade de transitar pela perigosa PE-060. Ufa!






Apesar da noite chuvosa, amanheceu um dia lindo, de muito calor. O percurso foi bem tranquilo, até que furou o pneu traseiro da bicicleta da Carmo, bem no final da Via Expressa, próximo à saída para a BR 101. Na sequencia, com nenhum local para hidratação, somente paramos quase na entrada de Recife, num posto de gasolina, no lado contrário da estrada, onde foi muito perigoso transpô-la. Conseguimos informações para chegar mais fácil à praia de Boa Viagem. Até ali foram mais de 60 km.

Procuramos um local para almoçar e descansamos um pouco à sombra das árvores. Árvores? Sim, estávamos embaixo das árvores, mas a sombra mesmo era dos altíssimos arranha-céus. Está ficando como Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Banho de mar? Que nada, o mar lá é dos tubarões; grandes placas indicam o perigo de tomar banho naquelas águas. Era cedo para procurar abrigo, e resolvemos ir até Olinda, pouco mais adiante, para fechar o dia. Felizmente estávamos bem no dia do trabalhador, feriado nacional, e o trânsito estava bem mais tranquilo. No princípio seguimos por ciclovia e depois por ciclo-faixas não permanentes, utilizadas apenas em domingos e feriados; na sequencia pegamos as avenidas largas e viadutos, disputando espaço com automóveis e ônibus, para então parar na histórica cidade de Olinda. Finalizamos em 81 km.







Conseguimos abrigo no Albergue da Juventude, onde somos sócios, com direito a café da manhã e uma piscininha para relaxar. Aproveitamos o final do dia, já na escuridão, apesar de cedo, para passear pela parte antiga da vila, onde existem belos casarões e lindas igrejas, que à noite ficam iluminadas para os visitantes. Passamos primeiro pela FOCCA, a Faculdade de Olinda, depois a Igreja NS do Carmo e subimos a ladeira até a bela torre da caixa de água e o mirante com vista magnífica para Recife. No alto do morro tem a Igreja da Misericórdia e da Sé. Uma feirinha de artesanato e comidas típicas estava lotada de turistas e outros visitantes.









Descemos o morro e fomos fazer um lanche, regado a açaí e guaraná da Amazônia. Bom sono para seguir em diante, pois a pedalada do dia seguinte prometia...





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