MARAGOGI A PORTO DE GALINHAS
Escolhemos a terça, dia 29 de abril de 2014, para descansar, ou seja, nada de pedal. E praticamente não fizemos nada mesmo. O Rubens ainda criou coragem e foi dar uma espiada nos peixinhos das famosas piscinas naturais de Maragogi. Eu e a Carmo preferimos ficar na pousada, à beira da piscina, onde aproveitei para colocar os relatos em dia. Vale lembrar que já havíamos passado por lá em outra cicloviagem, como disse antes, e conhecíamos as piscinas das galés.
O Rubens chegou antes do almoço,
e nos acompanhou na arte de fazer nada. O dia passou molenga como nós, e
restava dormir no começo da noite, porque prometemos sair bem cedinho, por
volta das seis da manhã, sem café mesmo, muito embora o Mafá, atendente, tenha
se proposto a fazer algo para nós.
Chegou a quarta-feira, e com ela
muita, mas muita chuva mesmo. Durante a noite toda já foi possível escutar seu
barulho. Felizmente tinha energia nessa noite e não precisei entrar na piscina.
Acordamos cedo, mas não havia condições de sair com o tempo daquele jeito;
preferimos esperar um momento melhor. Tomamos café regularmente, e, aí sim, a
energia foi para o espaço novamente. Não sabemos dizer quando voltou para
aquela região, já que atingiu a cidade inteira e outras vizinhas.
Ficamos prontinhos a esperar. Lá
pelas nove da manhã a chuva deu uma trégua e aproveitamos a brecha. Pegamos a
estrada e um quilômetro depois, tivemos que procurar um abrigo, pois chovia
torrencialmente; como era estrada de acostamento duvidoso, o mais seguro seria
mesmo esperar. Quinze minutos e voltamos a pedalar. Quilômetros pra frente a
chuva voltou; mas nós resolvemos enfrentá-la. Começamos a perceber muitas vilas
alagadas; a estrada com muita lama, quase sempre por causa de algum morro que
desbarrancava sobre ela.
Passamos pelas localidades de
Burgalhau, Barra Grande, Xaréu, Ponta de Mangue e Peroba, até passarmos pela
região da cidade de São José da Coroa Grande, limite com o estado do Pernambuco.
Quando chegamos a Barreiros, pensamos até em seguir por estrada de chão até a
praia do Porto, para acessarmos a areia e seguir por ela até a famosa praia de
Tamandaré (PE). Mas as condições da pista, com toda aquela chuva, não
permitiria isso, e ainda por cima, as barras dos rios estariam com uma vazão alta
pela quantidade de água que caía. Opção mais acertada era seguir pelo asfalto,
até a entrada principal para Tamandaré. Foi o que fizemos. Praticamente 40 km
depois de sairmos de Maragogi, pegamos a estrada para Tamandaré, que passa por
uma área pequena que sobrou da Mata Atlântica. Tem até uma cachoeirinha no
caminho. No começo o calçamento é de pedra, como a nossa Graciosa, mas depois
de alguns quilômetros já há asfalto. Seguimos assim até passar pela vila, por
um antigo forte, e chegarmos à areia da praia.
Nesse momento a chuva deu um
descanso, e chegou a ficar um mormaço apenas, suficiente para tirar lindas
fotos da belíssima região. Foi muito gostoso circular por aquelas praias e
chegar a outro destino famoso: Praia de Carneiros. Tão badalada que os locais
(bares) para alimentação são demasiado caros. Lá tem o Bora Bora e o Mustako. O
primeiro estava fechado, mas o segundo não. Como mencionei antes, naquela
região também não havia energia; também não tinha água encanada. O bar e
restaurante funcionava precariamente. Resolvemos deixar a areia da bela praia,
mesmo porque não tinha como seguir.
Nossa intenção, na verdade, era
atravessar a barra do rio de barco, e chegar até a região da praia de
Sirinhaém, e de lá alcançar mais fácil Porto de Galinhas, nosso destino para o
dia. Conversando com o pessoal local, o que conseguimos foi uma lancha por
“apenas” R$ 100,00. Praia de rico, preço de rico; não dava para nós. Pegamos a
pista mesmo. Percorremos 6 km e encontramos um restaurante, o Rio União, cujo dono,
que também é artesão, é muito bom na transformação de árvores como a jaqueira,
em belas mesas, que inclusive faziam parte do mobiliário do local. Preço justo
para um prato comercial, com bisteca de carne bovina e suína. Revigorados,
retornamos para a estrada, onde logo enfrentamos mais chuva.
Vou lembrar aqui, ainda, um fato inusitado, diria, quando estávamos pedalando pela praia dos Carneiros, quando vimos um casal de pescadores de meia idade, que tentava em vão, tirar a sua jangada da areia, mesmo com a ajuda de dois tocos de coqueiros, redondos, colocados em baixo, e que facilitam a movimentação do mesmo. Assim que cruzamos com o simpático casal, escutei o pescador dizer: - Olha um homem aí, esse pode me ajudar. Prontamente larguei a bicicleta, num momento em que chovia, e fui em seu auxílio. Em seguida escuto a senhora: - Olha mais um homem aí; agora dá. Era o Rubens que chegava mais próximo. É claro que deu, apesar de uma certa dificuldade, por ser uma jangada muito pesada, com cerca de cinco metros de comprimento, e apenas duas madeiras daquelas para suporte, e ainda por cima, a praia tinha uma inclinação grande. A Carmo e a senhora também ajudaram. O casal ficou muito agradecido, e pediram desculpas por não poderem naquele momento oferecer comida para nós, porque eles utilizavam um forno à lenha no seu barraco, e a chuva impediria isso. Foi um momento muito simples e bacana.
A PE 060 demonstrou ser extremamente perigosa; não só para nós, mas para qualquer frequentador. O acostamento praticamente não existia, e, talvez, por ser véspera de feriado, havia um fluxo muito grande de automóveis. Não víamos a hora de entrar em outra pista, à direita, rumo Serrambi, que também leva a Porto de Galinhas, mas os demais veículos, sabe-se lá por que, preferem não utilizar; melhor para nós. Poucas elevações, pouca chuva, e conseguimos chegar a uma pequena estrada nova, que liga Serrambi a Porto de Galinhas, onde uma bela ciclovia, pavimentada de concreto, facilitou nossa chegada, já no escuro, depois de rodar por 113 km no dia. Cansados, sujos, mas felizes, encontramos uma boa Pousada, no centro da vila, que pertence ao Município de Ipojuca.
A PE 060 demonstrou ser extremamente perigosa; não só para nós, mas para qualquer frequentador. O acostamento praticamente não existia, e, talvez, por ser véspera de feriado, havia um fluxo muito grande de automóveis. Não víamos a hora de entrar em outra pista, à direita, rumo Serrambi, que também leva a Porto de Galinhas, mas os demais veículos, sabe-se lá por que, preferem não utilizar; melhor para nós. Poucas elevações, pouca chuva, e conseguimos chegar a uma pequena estrada nova, que liga Serrambi a Porto de Galinhas, onde uma bela ciclovia, pavimentada de concreto, facilitou nossa chegada, já no escuro, depois de rodar por 113 km no dia. Cansados, sujos, mas felizes, encontramos uma boa Pousada, no centro da vila, que pertence ao Município de Ipojuca.
Fomos jantar e apanhamos chuva
novamente. Não havia mais o que fazer, a não ser voltar para a Pousada e
dormir. Porto de Galinhas é conhecida, também, por sua movimentada e badalada
noite, mas isso não é para nós...
Daeee serjao......esse lugar é show....saúde daí......puts ki massa de viajem....ha procure em porto de galinhas a pousada cantinho da preguiça...perto do centrona segunda lombada elevada......Eu i o nilson ficamos lá...abraço i boas pedaladas.....
ResponderExcluirValeu Ricardo! Realmente é show!! Aliás, por aqui, tudo é muito bom... Já deixamos Porto de Galinhas, mas valeu pela indicação. Na verdade agora a tarde chegamos a Natal, depois de passarmos pela Pipa. Fim de linha, hehehe.
ResponderExcluirParabens pela viagem..........kuarta é nois no pedal...kkkk falow
ResponderExcluirValeu Ricardo. Kuarte tamo lá, hehehe
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