FORTALEZA – PARACURU
01/09/2013 - Domingo
Começou nossa aventura;
e bota aventura nisso. Havia uma programação preestabelecida para estes
próximos quinze dias, mas teríamos que contar com a tábua de marés. Por
incrível que pareça muitos nativos erravam a previsão, e, depois, consultando
a tábua pela internet, ainda assim as coisas não são sempre como previstas.
Disse isso, porque fizemos um passeio tranquilo por ruas de Fortaleza e depois pelos municípios da região metropolitana, sempre margeando as praias, até chegarmos a Cumbuco, muito badalada na temporada, e que atrai muitos turistas às suas barracas, para curtir boas comidas e passeios de bugue pelas famosas dunas, “com ou sem emoção”.
Chegando a Cumbuco, já por volta das 09h20, percebi que a maré não estava a favor, e não conseguiríamos chegar pela praia até o destino do dia: Lagoinha. Foi o que aconteceu. As informações confusas e a nossa percepção da maré, fez com que chegássemos a Taiba na hora do almoço. Acreditando que a maré iria vazar, resolvemos almoçar (PF com peixe serra e baião de dois, por R$ 8,00), e deixamos o tempo passar, mesmo porque o sol do horário dificulta ainda mais a pedalada por aquelas areias mais grossas, que atolam as bicicletas.
É preciso dizer que o começo da pedalada pela areia foi bem tranquila. Passamos pela lagoa do Tabuba; demos uma paradinha rápida para hidratação, e depois deixamos por algum tempo as areias, para seguir por estrada de asfalto (que eles chamam de “pista”). Voltamos para areia justamente no grande trapiche do Porto de Pecém, onde passamos por debaixo, local que chega a ser bonito e interessante, pois as ondas fortes do mar se encontram com os pilares do trapiche.
Chegamos a Taíba, como falei, para almoçar. Depois do descanso, percebemos que não adiantaria seguir pela praia, pois a maré estava alta, ao contrário do que pensamos. Descobrimos uma estrada de chão (piçarra) que nos levaria até à barra de um rio, onde havia uma linda lagoa, própria para o kitesurf (a região toda é ótima para esse esporte, em função dos fortes ventos alísios, que sopram o tempo inteiro, de leste para oeste, nessa época).
Teríamos que dar uma grande volta pela lagoa, carregando as bikes pela areia fofa, até encontrar a praia, e com notícias de que a maré estava alta ainda, e não era certeza se conseguiríamos chegar a Paracuru. Sabia de antemão que daria para pegar uma estrada de Paracuru até Lagoinha, local previsto para dormirmos no primeiro dia.
Decidimos seguir outras orientações, e retornamos parte do caminho até pegarmos a direção de São Gonçalo, e chegar ao asfalto. Novamente informações desencontradas para seguir até Paracuru, e nem o GPS do celular do Heron mostrava melhor caminho; as quilometragens assustavam a turma, pois já estava entardecendo e falavam em 50 km até lá.
Certos de que teríamos de passar por São Gonçalo, seguimos em frente, quando chegamos a uma bifurcação. Estávamos numa reta sentido sul, e o cruzamento mostrava que a leste iria para São Gonçalo e Fortaleza, e isso significaria voltar, e ainda por cima pegar vento contra; nós seguíamos a oeste, e para direita, nesse rumo, a estrada acabava num povoado, Saípe. Uma das pessoas abordadas chegou a me dizer que de lá poderíamos chegar a Paracuru, e a direção estava certa, então seguimos.
A vila estava em festa nesse domingo, e o final da tarde parecia acolher toda a população na praça principal, onde passamos quase sem sermos notados. Já estava escuro e ligamos nosso arsenal de faróis e lanternas pisca-pisca. O caminho passou a ser de piçarra, mas a direção estava certa. Ufa!!!
Importante é que o astral da turma estava bom; todos a seu modo se encantavam com a acolhida dos “locais”, mesmo com os perrengues do dia, o cansaço e a estradinha de chão e pedras que a tornavam ainda mais perigosa naquele breu, que apesar do horário, por ser um domingo, tinha um bom movimento de motocicletas, com ocupantes bêbados e sem capacete. Perigo constante. Numa pequena comunidade, de nome Mariseiras, fomos bem acolhidos por uma família numerosa, e descansamos um pouco, cercado de boa prosa.
Perto das nove da noite chegamos a Paracuru e procuramos uma pousada para descanso. Num restaurante à beira do mar, comemos um delicioso peixe. Em resumo, daquela lagoa de onde voltamos, teríamos de 10 a 12 km até Paracuru, o que acabou virando 30 km pela estrada. Talvez não pareça muito, mas depois de um dia como esse, virou uma eternidade. Foram mais de 100 km percorridos no dia. Lagoinha fica para o outro dia...
Este é o Heron |
Este é o grupo todo |
Início da pedalada pelas praias, em Cumbuco |
Entre Cumbuco e Tabuba |
Os perrengues começaram... |
Este é o Neimar |
Donato e o "empurrabike" |
Embaixo do trapiche do porto de Pecém |
Este é o Maurício |
Mais perrengue. Será que o pessoal aguenta? hehe |
Linda lago em Paracuru - terra do kitesurf |
Que legal eu também queria estar junto! Hihihihi! Beijos e continuamos na torcida por um excelente passeio!!!!! ;)
ResponderExcluirEu imagino o quão ruim é passar perrengue em um lugar como esse!!! hahaha
ResponderExcluirQue legal o Pai deve ter se divertido bastante!!
ResponderExcluirainda estou curtindo e digo: Eu vivi esta Maravilha!
ResponderExcluir