segunda-feira, 9 de setembro de 2013

ROTA DAS EMOÇÕES - Itarema a Jericoacoara



ITAREMA – JERICOACOARA

04/09/2013 – quarta-feira

O começo do dia, e da pedalada, foi muito tranquilo. Deixamos Itarema para trás e logo cruzamos a cidade de Acaraú, onde pernoitaríamos, como disse no texto anterior. 

Acaraú é muito agitada, para não dizer bagunçada. O trânsito é caótico, e assim como Itarema, as pessoas usam muito as motocicletas, porém sem capacete ou cumprir outros itens de segurança. O semáforo é desprezado. Na saída da cidade há um monumento, simbolizando um peixe.

Depois dali, também não muito longe, passamos por Cruz, pequeno lugarejo, charmoso e que possui uma grande estátua de São Francisco, figura simbólica para a crença nordestina.

Em seguida pegamos o trevo com sentido a Aranaú, outro pequeno vilarejo, de pescadores, próximo à praia, que vai dali, no rio do mesmo nome, até Jericoacoara, passando por Preá. Nesse caminho, ainda no asfalto, a Lizandra e o Neimar ficaram para trás. Ficamos esperando à sombra de uma grande árvore, onde se encontravam uma senhora e sua linda filha, a Carol Freitas, que, mesmo tímida, nos deixou fotografa-la. Sua mãe comentou, ao saber que somos de Curitiba, que tem parentes em nossa cidade. O Maurício perguntou, em tom de brincadeira, para a Carol se ela não queria seguir conosco até Curitiba, quando sua mãe imediatamente disse: - De jeito nenhum. Sua tia já quis levá-la e não deixei. Ela precisa completar seus estudos.

Os dois logo chegaram, e explicaram que haviam parado para comer alguns cajus diretamente do pé; que delícia! Entramos na vila e fomos direto a uma mercearia para comprar algumas bebidas e água. Antes de partir a Lizandra percebeu que o pneu traseiro da bicicleta do Maurício estava furado. Prontamente eu e o Heron o ajudamos e não muito depois tocamos para a praia, cerca de 1 km dali.

Que felicidade! Nunca vi tanta alegria em tantos marmanjos no mesmo momento. A maré estava extremamente baixa, com a praia muito larga toda para nós, com vento forte a favor. Acertamos desta vez, finalmente. A praia é muito linda, e nem as torres de energia eólica muito próximas da faixa de areia, tiram o brilhantismo do local. Todos nós estávamos encantados com o lindo momento por qual passávamos. O riso era frouxo. Fotografamos e filmamos, e 40 km depois, com praias lindas e desertas, chegamos ao Preá para almoçar; mais peixe fresco para todos. Outra delícia.

Lá no Preá, pequena vila de pescadores, que vem crescendo bastante em função do turismo, ainda tivemos oportunidade de conhecer o Cumurupim, um grande peixe, com 1,60m, pesando muitos e muitos quilos. O que mais se aproveita dele, por incrível que possa parecer, são suas escamas, que são usadas como adornos em vários trabalhos artesanais da região. Ficamos obervando o trabalho difícil da retirada dessas escamas, feito de forma rústica, com pás de madeira dura. Sua carne é avermelhada e com muita nervura, de difícil preparo e de gosto apreciamos mais pelos nativos.

Banho de mar; muita prosa; boa comida; e o tempo foi passando, e a maré foi subindo. Significado disso é que já passava das três horas quando resolvemos dar o “ataque” final ao morro do Serrote, “logo ali”, a apenas 10km dali. Inclusive era totalmente avistado de onde estávamos.

Mas o perrengue (que palavrinha muito usada, né?) não demorou para aparecer. A maré encobriu o ponto da areia mais dura, onde seria possível pedalar. A trilha dos carros era composta de areia fofa; nem pensar. E lá fomos nós empurrar nos bicicletas pesadas novamente. E foi por todo o percurso.

Após alguns tombos e muito cansaço, quatro horas depois chegamos a Jericoacoara. Imaginem o grupo subindo o morro do Serrote, de noite, com farol ligado, e eu conduzindo a turma, que por sua vez veio “bufando” atrás de mim (coitada da minha mãezinha de novo...). Também não acreditavam que eu estava no caminho certo.

Já passava da sete da noite quando paramos de fronte à Pousada. Ufa! Missão cumprida; ou seria comprida. Concluída a jornada do dia com 82 km. Jantar e merecido descanso, porque no dia seguinte, vinha o sossego. Será????

Ritual de limpeza


Mais um corpo estendido no chão...




Aranaú


Heron

Maurício

Carmo


Sergio

Neimar


Donato

Lizandra





























Um comentário:

  1. Eu não to sentindo esse perrengue que vc tanto fala.... pô só comem peixinho fresco, aposto que tomam uma cervejinha a tira colo e aí vão reclamar de andar 10km morro acima!!! Ta loco que povo reclamão!!! kkkkkkk

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