JERICOACOARA
05/09/2013 –
quinta-feira
Acertamos um passeio de
bugue pela região. Depois de um gostoso café, o Neguinho e o Lindomar já nos
esperavam na frente da pousada para uma nova aventura.
Jeri, como é
carinhosamente conhecida, tem diversos atrativos que encantam a todos,
principalmente estrangeiros, que nessa época lotam suas pousadas. Esportes
ligados ao mar e ao vento atraem apreciadores de todo o mundo. Nós tiramos o
dia para vivenciar um pouco de tudo que lá existe. E foi intenso.
O bugue sai da pequena
e charmosa vila passando de cara pela duna Por do Sol, famosa por ser o destino
de quase todos ao final da tarde, que visualizam um momento sublime, com o sol
se ponto no horizonte, “mergulhando” alaranjado dentro do mar. Não tem como
deixar de se emocionar e aplaudir a mãe natureza.
Correndo pela praia,
cerca de 6 km à frente, uma parada para o pessoal conhecer os cavalos marinhos.
Lá, na vila de Mangue Seco, alguns nativos aguardam para atender os turistas,
que por R$ 10,00 por pessoa conduzem o grupo em canoas a remo, e entre os
galhos dos arbustos do mangue, recolhem os animais e os mostram para
fotografias. Explicam que é o macho que tem útero e dá a cria, cerca de 800 a
900 filhotes.
O barqueiro falou que o
cavalo-marinho é monógamo, e nossos amigos pediram para colocar dois animais no
mesmo recipiente, e logo os dois se entrelaçaram, formando um lindo par
romântico. Tinha que ser um casal, caso contrário a afirmação anterior não teria
validade...
Esses animais são
extremamente frágeis, pequenos, e se mimetizam entre os gravetos para não serem
localizados por seus predadores, como os peixes baiacus.
De volta ao bugue, uma
travessia de balsa até Guriu, outra pequena vila da região. Interessante é ver
uma porção de balseiros, enfileirados, fazendo gestos intensos, cada qual
querendo convencer ao seu modo, o condutor do carro a usar a sua balsa, que são
conduzidas por longas varas, fincadas no fundo do rio. Eles costumam cobrar o
preço da ida e da volta.
Em seguida desfrutamos
das emoções da velocidade na areia, e de subidas e descidas pelas altas e
lindas dunas. Chegamos à antiga vila de Tatajuba, que a exemplo de Almofala,
foi encoberta pelas dunas, e hoje restam apenas alguns escombros. Os bugues
param por ali, onde existem duas barracas, que vendem uma porção de artesanato
local (alguns feitos da escama do peixe camurupim), muito lindos, conchas e
outras bugigangas.
Uma tradicional
senhora, moradora antiga, vive com um periquito, chamado “Quiridinho das minina”,
que serve de atração para algumas fotos. Há também um jegue e vários porcos,
que conseguem com seus fortes e compridos dentes, arrebentar os cocos verdes
jogados ao chão e comer sua polpa. Essa mesma senhora costuma recitar a história
do local, falando sobre o tempo em que era ali a vila, a origem do nome de
algumas dunas, que teria a ver com navios piratas que naufragaram e também
foram “tragados” pelas dunas. É, no mínimo, interessante.
Após, contornamos o
alagado, passamos por Nova Tatajuba, e chegamos à Lagoa da Torta. Antes,
conhecemos um trecho em que as dunas se petrificaram, formando figuras
interessantes, como castelinhos de areia que costumamos fazer, por diversão, na
praia. Também subimos até o alto de uma duna, para brincar de “esquibunda”.
Pura diversão. Difícil era subir a alta duna a pé. Para isso o pessoal que
atendia lá, deixou uma corda que facilitava um pouco as coisas, mas muitos
reclamavam da grande dificuldade em subir, pelo calor da areia, e também pela
distância e inclinação da duna. Perrengue de novo...
Agora vinha o “bem
bão”. A Lagoa da Torta possui barracas para alimentação, assim como redes de
descanso instaladas dentro da água. Caipirinha, cerveja, refrigerantes e um
peixe gostoso, servido com acompanhamentos, e escolhido por nós antes de
preparado. De aperitivo ostras, também frescas e muito deliciosas. Deu tempo,
ainda, para o Neimar e a Liz darem uma volta de caiaque pela lagoa, num barco
duplo. Estávamos no paraíso ou perto dele. Muito sol, dunas altas, água da
lagoa, comida, bebida. Chega!!!
Botei o pessoal pra
correr. Tava na hora de mais perrengue. Voltar de bugue todo o percurso, cerca
de 30 km, com vento recheado de areia na cara, deixar as coisas na pousada, e
seguir a pé para conhecer a famosa Pedra Furada, uma bela pedra avermelhada,
que com a ação da maré, formou um buraco no meio, e a deixou numa forma
maravilhosa. Subimos o mesmo morro do Serrote da chegada, depois descemos para
o lado do mar, curtir o visual. Após o vislumbre subimos o morro para chegar ao
alto, onde há um farol, para depois sair quase correndo dali, voltar à vila,
atravessá-la até a praia, para se deleitar na duna Por do Sol, porque o horário
estava ficando apertado.
Quando passamos por
nossa pousada, eu, que seguia à frente, fazia gestos para o grupo, tentando
fazê-los entender que não poderíamos demorar. Gesticulava e nada deles darem
bola pra mim. Quando eles então passaram em frente à pousada, um a um,
enfileirados, foram entrando, sem sequer olhar para mim. Não entendi nada, e
corri de volta ao local, gritando para eles não entrarem, quando todos se
abriram em dar gargalhadas. Estavam fazendo pirraça comigo. Pode? Deu tempo e
curtimos o mágico final de tarde.
Conseguimos um local
agradável e mais em conta, para saborear novamente lagosta, camarão e peixe.
Dia perfeito. Agora era hora de dormir, porque o dia seguinte prometia ser de
boas pedaladas.
Olha só... Primeiro: Acho que deveria ser crime escrever tudo isso e causar tanta inveja alheia!!! Segundo: acho que vou ter procurar um peixe pra comer por aqui.... minha boca está aguando! E Terceiro (mas não menos importante): diga ao Sr. Donato que não ouse aparecer aqui na minha casa (Rio) sem um desses artesanatos maravilhosos que vc tanto fala... de preferência um conjunto de brinco e colar bem lindos!!! Pronto falei!
ResponderExcluirUma Camiseta, pode ser?
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