BARREIRINHAS - HUMBERTO
DE CAMPOS
13/09/2013 –
sexta-feira
No dia anterior,
tivemos tempo suficiente para saber do grupo qual o destino para esta
sexta-feira. A democracia se fez presente; coloquei na mesa as possibilidades
da sequencia, e, por maioria, resolvemos seguir até Humberto de Campos para
pernoitar, e no dia seguinte, então, chegar a Icatú.
A outra opção, e que
constava do meu programa, era de conhecer a “entrada” dos lençóis, pela pequena
cidade de Santo Amaro do Maranhão. Lá não há necessidade de guia ou condução
para se chegar às lindas lagoas e dunas; poucos são os turistas presentes e o
lugar fica realmente deserto, dando uma condição melhor de apreciar sua beleza.
Porém, para chegar até
lá, é preciso pedalar 55 km até o local chamado Sangue, um pequeno comércio no
meio do nada. Dali partem os 4X4 até Santo Amaro, numa viagem aventura de mais
de duas horas. As bicicletas ficariam em Sangue, e seguiríamos apenas com
algumas coisas para pernoite. Deveríamos, então, sair às quatro da manhã, para
chegar até às sete, sete e meia, horário do carro. Não havia outra opção de
horário pela manhã, apenas pela tarde.
Pela previsão,
almoçaríamos em Santo Amaro, para em seguida seguir caminhando no sol forte por
mais de uma hora, até as primeiras dunas e lagoas, como a famosa “gaivotas”. A
ideia era de seguir caminhando pelas dunas, por duas horas, aproveitando para
tomar banho nas lagoas, e ainda pegar o por do sol. Dormir e levantar às três,
para novamente retornar até Sangue, pegar as bicicletas e seguir pedalando até
Icatú. Ufa!!! Parece perrengue, e é, mas o local é fantástico. O grupo perdeu.
Pedalamos, então, de
Barreirinhas até Sangue, aqueles 55 km, onde nos hidratamos novamente, porque
mesmo tendo saído cedo, por volta das 07h45, o calor era forte e paramos em
alguns lugares antes para o mesmo fim. Mais 40 km até a rótula de entrada para
Humberto de Campos, cidade que também faz parte do Parque dos Lençóis, mas que
não possui nenhuma atração, pois não tem acesso direto às dunas.
Lá no entroncamento,
paramos para o almoço no restaurante de um posto de gasolina. Na televisão
passava o Jornal Hoje, da Globo, e todos ficaram pasmos com o quadro “to de
férias”, pois mostrava as maravilhas das dunas e lagoas de Santo Amaro do
Maranhão. Alguns chegaram a brincar, afirmando que era um lugar feio, todo
sujo, com as águas poluídas, e foi bom não ter ido até lá. Interessante “escutar”
o silencio de decepção de alguns. Democracia é assim, nem sempre vai agradar a
todos. Não quis impor a ida até lá, pois alguns já estavam cansados para mais
perrengues. Talvez eu devesse ter mantido o programa...
Afinal, depois do
descanso, percorremos mais 18 km até Humberto de Campos, em estrada estreita,
asfaltada, e com vento contra. Eu já estive na cidade com a Carmo em outra
oportunidade (motivo de relatos antigos-2008) e logo encontrei o Hotel para
pernoite, praticamente o único local da região. Logo quando chegamos, o Eros
(cujo nome verdadeiro sua mãe Terezinha confidenciou que era outro), abordou o
grupo e ofereceu seu pequeno restaurante para mais tarde. O jovem foi tentar a
vida na cidade, se envolveu nas questões sociais e políticas, e como disse,
tudo por ser escoteiro e gostar de servir. De noite fomos lá conferir a lasanha
que sua mãe preparou. Aliás, a Da. Terezinha fala muito, envergonhando um pouco
o Eros. Mas fala muito mesmo; mais do que eu, a minha irmã, a Noeli do Heron,
todos juntos... Mas ela é engraçada e deixou a noite muito alegre. O suco muito
bom, de frutas regionais, e a um custo barato, também agradou a todos.
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